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Adriano Nobre

Adriano nobre

Adriano Nobre é reconhecido como uma das figuras centrais nos primórdios da Assembleia de Deus no Nordeste brasileiro, especialmente em Pernambuco e Rio Grande do Norte. De acordo com relatos orais, ele teria sido o primeiro pastor da Assembleia de Deus no estado do RN — embora o livro História da Assembleia de Deus no Brasil mencione José Morais, enviado de Belém/PA em 1919, como o primeiro a exercer esse papel oficialmente.

Antes de se envolver com a obra pentecostal, Adriano Nobre teve uma trajetória marcante, atuou como comandante de navio na companhia Port of Pará e era fluente em inglês, habilidade que o tornaria essencial para a comunicação com os primeiros missionários suecos. Inicialmente membro da Igreja Presbiteriana, ele se converteu à mensagem pentecostal após ter contato com os pioneiros Gunnar Vingren e Daniel Berg em Belém.

Obra pelo Nordeste

Seu conhecimento do inglês fez dele um importante intérprete dos missionários, logo após sua chegada ao Brasil. Posteriormente, foi enviado por Gunnar Vingren para Recife (PE), com a missão de iniciar a propagação da fé pentecostal na região. Assim, em 1916, Adriano Nobre chegou à capital pernambucana e começou a liderar cultos em lares de evangélicos que demonstravam interesse pelo Batismo no Espírito Santo e pelos dons espirituais.

Em 1917, ele batizou dois novos convertidos nas águas do rio Capibaribe — entre eles, a irmã Luli Ramos, que logo depois foi a primeira pessoa em Pernambuco a receber o batismo com o Espírito Santo. Com o crescimento do movimento, os cultos passaram a ser realizados de forma mais estruturada, sendo fixados na residência de João e Felipa Ribeiro, localizada na rua Velha, nº 27, bairro da Boa Vista, onde passou a funcionar a chamada Missão da Fé Apostólica.

Por volta de 20 de outubro de 1918, tendo que retornar ao Pará, Adriano Nobre foi sucedido pelo missionário Joel Carlson, recém-chegado da Suécia com o propósito específico de atuar em Recife.

Seu legado está diretamente ligado à implantação do pentecostalismo no Nordeste, ao fortalecimento da obra missionária e à formação doutrinária da nova igreja por meio da música congregacional.

Considerado o “pai da Assembleia de Deus em Pernambuco”, sua contribuição continua sendo valorizada até hoje por estudiosos da história do movimento pentecostal brasileiro.

Contribuição para Harpa Cristã

Adriano também é lembrado como tradutor da Harpa Cristã, participando do processo de adaptação e tradução de hinos que se tornariam pilares da adoração pentecostal no Brasil. Contribuiu nos seguintes hinos:

Refências Bibliográficas

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